Após participar de evento em Las Vegas, Philippe Bolle, presidente da Skylane, visita o Brasil e sugere que o país deve estabelecer uma política de estímulo à redução de preços no setor de telecomunicações, utilizando como referência a China e a Europa.

O Brasil será mais eficiente em telecomunicações, se estimular a competição entre as operadoras. Esta foi a indicação de Philippe Bolle, presidente da Skylane Optics – fabricante de produtos para redes de fibra ótica – que, em visita ao Brasil, conversou com a reportagem do Portal IPNews, falando sobre tarifa de telecom, tendências de mercado, segurança e a necessidade de estímulo ao setor para reduzir tarifas e, consequentemente, estimular a inovação desencadeada pela internet das coisas.

Antes de desembarcar no Brasil, Bolle participou de um evento em Las Vegas (EUA), no qual discutiu tendências no setor de telecomunicações global. Segundo ele, a pauta internacional não difere dos temas debatidos no Brasil – . Porém, a diferença está na disposição de investimento o público e privado nestas tecnologias, que são base para a economia digital.

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“Até 2020, o mundo terá 30 bilhões de equipamentos conectados, e a China é o país que mais vem investindo e infraestrutura, com um programa de US$ 1 trilhão nos próximos três anos, a partir de 2017, sendo 50% serão em fibra óptica”, cita Bolle.

Fazendo um paralelo com a Europa, Bolle citou que o Brasil precisa estimular a competição na área de telecomunicações. Primeiro para estimular a queda de preço das tarifas e também para evitar a concentração de serviços nas mãos de grandes grupos empresariais.

“Na Europa”, mencionou, “há mais de 280 operadoras e 28 agências reguladoras”, disse, ao completar que no velho continente a conexão à internet é bem mais barata do que no Brasil, por força da competição.
A competição, segundo Bolle, reduzi o custo em toda a cadeia de telecomunicações, e pavimenta o caminho do 5G e, consequentemente, a liberação de outras frequências para a conexão dos sensores de internet das coisas.