O processo põe frente a frente a Pharol (ex-PT SGPS) e a ATM, a associação que representa os pequenos investidores do antigo grupo de telecomunicações. Fim da fusão com a Oi está em cima da mesa.

Arranca esta segunda-feira o julgamento que poderá reverter a fusão da PT com a operadora brasileira Oi, cujos termos foram aprovados a 8 de setembro de 2014 pelos acionistas da antiga PT SGPS em assembleia geral extraordinária. Segundo o Dinheiro Vivo, o caso está vai ser julgado no Tribunal de Comércio de Lisboa.

Uma das testemunhas a serem ouvidas é Rafael Moura, membro da comissão executiva da Pharol e, segundo o jornal, o único administrador do tempo desse negócio que ainda se mantém no Conselho de Administração da companhia.

A associação pede o fim da fusão com a PT com a Oi, invocando “vício à lei”. O processo remonta a setembro de 2014, altura em que os termos do negócio foram aprovados depois de descoberto o buraco de 897 milhões de euros em investimentos em dívida da Rioforte, sociedade do Grupo Espírito Santo, e que matou o negócio nos termos inicialmente estipulados por Henrique Granadeiro e Zeina Bava. Já nessa altura a PT SGPS admitia a possibilidade de essa dívida não vir a ser saldada e, na última apresentação de resultados, a Pharol já admitia recuperar menos de 10% desses investimentos, ou seja, 85,8 milhões de euros.
Fonte: Site ECO Economia OnLine – 16/01/2017 – 8:45