A adoção do acordo, alerta a entidade, iria inviabilizar a existência de indústrias de TICs no Brasil, que geram cerca de 150 mil empregos diretos.
A Associação Brasileira da Indústria Eletroeletrônica (Abinee), divulgou hoje,21, nota de seu presidente, Humberto Barbato, na qual ele apoia a decisão do governo brasileiro de não assinar o Acordo Internacional de Tecnologia da Informação (ITA), que eliminou as tarifas de importação de mais de 200 produtos de tecnologia, videogames a semicondutores. Para a entidade, “a posição do Brasil de não participar do acordo é a única razoável no momento”.
Para a entidade, “hoje, aderir a um tratado em condições claras de desvantagem, seria um tiro no pé”. Pois iria inviabilizar a existência de indústrias de TIC no Brasil, que geram cerca 150 mil empregos diretos, com trabalhadores treinados e qualificados.” É fundamental destacar que o Brasil é hoje o terceiro maior mercado de computadores e quarto de aparelhos celulares no mundo, o que, mais uma vez, justifica a existência de uma indústria local que atenda a demanda”.
Na nota, a entidade afirma ainda ser ”equivocada a interpretação de que quem perde com a não assinatura do acordo é o consumidor, pois, mesmo diante de condições adversas, os incentivos que são recebidos pela indústria instalada no país são repassados integralmente aos preços finais dos produtos comercializados. Além disso, quando se avalia produtos semelhantes, os valores praticados no mercado interno são equivalentes aos de outros países. É importante lembrar que a tarifa média do imposto de importação dos produtos de TIC está em 12%, o que está dentro de patamares aceitáveis e não representa qualquer barreira comercial”.
E afirma que a ”indústria não pode ficar com a pecha de protecionista, tampouco ser responsabilizada pela ineficiência estrutural do país. Que a pressão da sociedade seja no sentido de superarmos estas questões que se arrastam há anos, e que definitivamente se leve em consideração se queremos ou não ter um setor industrial competitivo e voltado ao desenvolvimento tecnológico do Brasil.” ( assessoria de imprensa).
Fonte: Tele.Síntese