As linhas pré-pagas representam cerca de 75% da base de telefonia móvel brasileira. Embora sejam a maioria, sabe-se muito pouco sobre seus donos. As teles, na prática, desconhecem o perfil de seus usuários pré-pagos. Trata-se de uma informação valiosa, especialmente para a oferta segmentada de novos planos, promoções e serviços de valor adicionado (SVA). Para resolver o problema, algumas operadoras recorrem a pesquisas por telefone. Outra opção pode estar em pesquisas por SMS, com a vantagem de serem mais rápidas, mais baratas e conseguirem um alcance maior que aquelas por telefone. Com esse propósito, a Atchik, empresa especializada em conteúdo e chat por SMS, criou um produto de pesquisa por SMS para as teles.
Duas operadoras já testaram a solução nos últimos meses. Cada uma fez uma pesquisa, com 90 mil e 500 mil pessoas. Para se ter uma ideia, as pesquisas por telefone costumam fazer entre 500 e 1 mil entrevistas. Outra vantagem é a rapidez nas respostas, que chegam em menos de 24 horas por SMS, enquanto que por telefone podem levar dias, às vezes semanas. O preço da pesquisa por SMS costuma ser 30% menor que aquela por telefone. A taxa de resposta é similar pelos dois métodos, informa a Atchik. A empresa conseguiu cerca de 1,5% de questionários completos por SMS e até 7% de questionários incompletos.
A pesquisa por SMS é enviada como se fosse um broadcast. É preciso ter o opt-in dos usuários, ou seja, a autorização prévia. A Atchik recomenda pesquisas curtas, com poucas perguntas, preferencialmente fechadas, com poucas opções de resposta. Se cruzados com informações de billing, os dados coletados nessas pesquisas podem embasar novas ações de marketing da operadora junto à sua base de clientes.
A solução foi construída pela filial brasileira da Atchik, usando a sua plataforma de SMS e aproveitando sua experiência de 14 anos no gerenciamento e segmentação de comunidades por mensagem de texto. Outras operações da Atchik ao redor do mundo demonstraram interesse em adotar o produto em seus mercados locais, especialmente na Colômbia e no México.
Fonte: Mobile Time